PS recusa competitividade baseada em "mão de obra barata"

O líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, recusou hoje uma "visão da competitividade" baseada em "mão de obra barata", a propósito da ideia defendida pela 'troika' que o sector privado deve aplicar reduções salariais.
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"A questão fundamental tem a ver com o modelo de desenvolvimento. O Partido Socialista não defende que a competitividade da nossa economia seja uma competitividade baseada em salários baixos", afirmou Zorrinho aos jornalistas no Parlamento.

Para o líder da bancada do PS, "é óbvio que para o ajustamento podem ser pedidos sacrifícios", sublinhando, contudo, que o PS não tem "uma visão da competitividade do país como uma competitividade baseada no custo do trabalho e na mão de obra barata".

"Não é essa a nossa visão e se a sugestão da troika se basear nessa visão nós discordamos", declarou.

A 'troika' defendeu na quarta-feira que o sector privado deve seguir o exemplo do sector público e aplicar reduções salariais, "a fim de melhorar a competitividade dos custos da mão-de-obra", conforme consta do comunicado da missão conjunta da Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional.

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